São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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Dançarino começou como guia da Disney

DA REPORTAGEM LOCAL

O dançarino J.C. Violla, 50, que está em cartaz no Teatro Cultura Artística, em São Paulo, com o espetáculo "Bailes do Brasil", teve de driblar Mickeys e Pato Donalds no início de sua vida profissional.
Ele conta que seu primeiro trabalho foi como guia na Disney, nos Estados Unidos, quando tinha por volta de 20 anos de idade.
"Levava crianças e adolescentes. Às vezes, era enlouquecedor. Uma vez uns garotos compraram uma espingarda e ficaram brincando de tiro ao alvo no quarto do hotel, com balas de chumbo", lembra.
"Fui chamado pelo gerente e fiquei em uma verdadeira saia justa. Não foi divertido."
A turma que levava para os EUA era formada por alunos dele. Na mesma época em que era guia, Violla dava aula de dança em uma escola de São Paulo, cujo nome não se recorda.
Seus alunos tinham entre 3 e 16 anos de idade. Para atrair a atenção das crianças, apelava para a criatividade. "Algumas vezes, entrava pela janela. A diretora não gostava muito, acho."
Violla conta que a experiência foi proveitosa. "A criançada e os adolescentes se interessavam pelas minhas aulas, provavelmente porque conseguia chamar a atenção deles. Quem dá aula para criança consegue ensinar qualquer um."
Ele foi demitido da escola em 74. Deu adeus à Disney. "Nunca mais quero ver uma orelha de Mickey na minha vida", brinca.
Foi nesse ponto que sua carreira deu uma guinada. Passou a se dedicar muito mais à dança e, principalmente, a seu aperfeiçoamento. "Fiz muitos cursos, inclusive no exterior", diz.

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