São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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Só não tenho hipocondria

NOELLY RUSSO

Acho que hipocondria é uma das poucas doenças que não tenho. Já outros males me perseguem. Na minha família, há um caso de aumento na taxa de glicose. Foi o suficiente para me levar a um endocrinologista. Pedi um exame para checar minha taxa de colesterol.
Preocupada com um eventual resultado positivo, comecei a pensar em tudo que teria de parar de comer e como modificar hábitos de vida. Claro, o resultado deu negativo, ou seja, meu colesterol está OK.
Aproveitei a mesma consulta para pedir exames de diabetes. O motivo também é um caso na família. Mais uma vez o resultado foi favorável: taxas mais que aceitáveis de açúcar no sangue.
No momento, evitar o aumento de peso é preocupação constante. Não tanto por razões estéticas, mas por causa dos riscos à saúde provocados pela obesidade. Atitude considerada um exagero por muitos, já que tenho 1,55 m e peso 48 kg.
As preocupações com doenças são sazonais. Como escrevo sobre saúde, acabo me identificando com alguns sintomas: já "tive" hipertensão, esquizofrenia e angina.
Por ossos do ofício, acabo sabendo também dos novos medicamentos e, confesso, de vez em quando, acabo me automedicando.
Não fumo, bebo muito pouco, tento cortar o sal. Minha atual preocupação são dores de cabeça rotineiras. Dizem que preciso dormir mais ou talvez usar óculos. Pelo sim, pelo não, pretendo procurar um neurologista.

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