São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997 |
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Estandes viram armas de marketing
HENRIQUE SKUJIS
A Chrysler, que investiu essa quantia, foi ainda mais longe: importou todo o estande da Itália e dos Estados Unidos. Mary Alessandra Dal Bianco, da área de merchandising e promoções, diz que a construção do estande durou sete dias. "Depois, ele foi desmontado, colocado em contêineres e trazido ao Brasil." O estande conta com mais de 50 pessoas trabalhando e tem 1.500 m2, o dobro do tamanho do estande de 96, no Salão do Automóvel. Para solidificar o nome das marcas que formam a Chrysler (Jeep, Dodge e Chrysler), o estande está dividido em três setores. Por meio de manequins prateados, cada divisão mostra o estilo de vida dos compradores de cada marca. O estande da Mercedes-Benz também atraiu bastante o público. A marca usou todo o espaço apenas para expor os carros. O local para receber clientes foi para o mezanino do Anhembi, de onde se tem uma vista ampla da exposição. "Sem colocar a recepção junto com os carros, aproximamos o visitante dos automóveis, permitindo que ele entre no estande sem medo da ostentação da estrela", explica Ronaldo Lopes, da área de marketing comercial da Mercedes. A idéia é aproximar o público da marca, já que no final do ano que vem a Mercedes estará produzindo e vendendo no Brasil o Classe A, na faixa dos US$ 25 mil. O estande da Mercedes consumiu cerca de US$ 2 milhões e vai servir também para a Brasil Transpo, exposição de caminhões e outros veículos utilitários que acontece entre 27 e 31 de outubro. A Fiat está aproveitando o salão para mostrar conceitos de segurança de seus automóveis. Carlos Murilo Moreno, gerente de publicidade da Fiat, diz que os brasileiros não entram muito nos carros e fazem menos perguntas que os europeus. "O brasileiro vai às feiras mais para passear, e o europeu, para conhecer o carro e fechar negócio", diz Moreno. Apesar disso, ele calcula que, das 250 mil pessoas que visitaram o Brasil Motor Show, metade tem condições de comprar ou pode vir a fechar um negócio. O estande da Volvo, que custou cerca de US$ 300 mil, atraiu pela beleza. Além dos carros, a marca expôs quadros e esculturas. Luis Marcelo Daniel, diretor da Volvo, acredita que "durante a exposição 30 negócios devem ser fechados, e outros 120 devem ser repassados às concessionárias". O estande da Volkswagen adianta o conceito que será usado futuramente nas concessionárias da marca. A idéia é transformar o espaço em uma praça. Daniel Cavé, diretor de marketing da Renault, não divulgou o investimento, mas disse que "não dá para economizar numa feira como esta". Para ele, "o Motor Show é uma vitrine e, como temos ambição de crescer no Brasil, não podemos ficar de fora". (HS) Texto Anterior: Conheça os lançamentos em acessórios Próximo Texto: Conheça os lançamentos em acessórios Índice |
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