São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 1997
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Maior rival desaprova o projeto

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O gigante do marketing esportivo brasileiro prevê possível aumento do faturamento das empresas do setor com a aprovação do projeto de lei Pelé, mas defende mudanças na proposta.
J. Hawilla, 53, é sócio da Traffic, a agência que trabalha para a Confederação Brasileira de Futebol.
"Como está, o projeto mataria os clubes pequenos. Quem vai investir no Confiança (SE)? Se os clubes pequenos forem obrigados a virar empresa, no dia seguinte vão ter que pagar imposto e quebrarão um ano depois."
Para Hawilla, há problemas mais profundos no mercado esportivo. "Enquanto o futebol não for profissional, com essa baderna e a falta de visão dos dirigentes, não adianta o clube virar empresa."
"Marketing é a ciência de identificar as qualidades e os defeitos de um produto. Se você fizer o marketing de uma água mineral podre, poluída e com gosto ruim, por mais brilhante que for a campanha, o produto não vai vender", acrescenta ele.
A Traffic é concorrente histórica da Pelé Sport & Marketing. Em 1994, Pelé reclamou da escolha da rival para comercializar os direitos de TV de uma competição da CBF.
No contrato com a Coca-Cola anunciado pela CBF em 1995, a Traffic ficou com US$ 1 milhão dos US$ 10 milhões envolvidos (10%).
Se a porcentagem continua a mesma, receberá US$ 22 milhões dos cerca de US$ 220 milhões que a CBF embolsará em dez anos pelo contrato com a Nike. (MM)

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