São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 1997
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Doce futuro

JUCA KFOURI

Alvíssaras! O Vasco já tem candidato de oposição para valer. Com Jorge Salgado, o futuro cruzmaltino pode ser muito mais doce.
Em vez de só ter time bom em véspera de eleições, uma direção moderna poderá dar ao Vasco seu verdadeiro tamanho, o de um clube com potencial para ir além das fronteiras do Brasil.
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Vasco e Corinthians, aliás, são muito parecidos pelo menos num aspecto: não passam de clubes provincianos, fruto de gestões medíocres.
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A grande torcida corintiana, envergonhada, mas reconhecida, agradece sensibilizada ao América pela dramática vitória diante do Bragantino, cujo saldo de gols consegue ser ainda pior que o do alvinegro (-11 a -5), razão pela qual seria o time de Bragança Paulista o rebaixado de hoje.
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Quase 21 anos depois da célebre invasão corintiana no Maracanã -o maior deslocamento de massa em tempo de paz na história da humanidade, quando 70 mil torcedores fizeram dos 400 quilômetros da via Dutra uma avenida alvinegra-, eis que Fluminense e Corinthians voltam a se enfrentar nesta quarta-feira em circunstâncias que nem de longe lembram aquela semifinal.
Com o Flu já rebaixado e o Corinthians a caminho.
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O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, pede que se façam dois esclarecimentos: ele é a favor de que seja a Receita Federal a responsável pela fiscalização dos bingos e dos concursos via TV e não apresentou emendas fora do prazo ao projeto de Pelé, mas, sim, sugestões.
Esses foram dois temas aqui tratados na sexta-feira.
Nuzman garante que não é dele a frase "os concursos de TV são o calcanhar-de-aquiles da Receita Federal", embora o repórter Augusto Gazir, da Folha, garanta que a ouviu de sua boca.
O presidente do COB tratará de enviar carta ao secretário da Receita, Everardo Maciel, esclarecendo a questão, e Gazir confirma que o sentido da frase negada, embora dita, era o de apoiar a fiscalização por parte da Receita.
Com o que, por sinal, Maciel também não concorda, por achar que não é missão da Receita fiscalizar uma instituição cuja existência seja, fundamentalmente, a de lavar dinheiro.
Ele prefere simplesmente extingui-las. Com razão.

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