São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 1997 |
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Catherine David fala da Documenta Evento acontece hoje no Paço das Artes CELSO FIORAVANTE
A mostra teve grande número de visitantes -cerca de 630 mil-, mas foi muito criticada. "Daquilo que li, a resposta mais violenta veio dos EUA, que se utilizam de seu discurso politicamente correto como uma receita mágica, como se eles tivessem a exclusividade dos discursos, mas que não são necessariamente exemplares", disse à Folha. "A Documenta não tratou de um show-room americano, embora tivéssemos peças formidáveis de americanos. É necessário ver que a via cultural não se liga necessariamente à via econômica. A Documenta foi contra o discurso de que na arte tudo já foi dito. Muitos ainda têm idéias apaixonantes, que precisam ser descobertas, mostradas e compreendidas." David elogiou ainda o modelo da próxima Bienal de São Paulo, que parte do conceito da antropofagia. "Se examinarmos a cultura e a sociedade brasileira por meio de modelo teórico e poético da antropofagia, podemos ter uma cartografia muito precisa e original da criação", disse. A curadora segue ainda nesta semana para Porto Alegre, onde acontece a 1ª Bienal do Mercosul, e depois para Argentina, Venezuela e Peru. (CF) Evento: palestra com Catherine David Onde: Paço das Artes (av. da Universidade, nº 1, tel. 011/813-3627, USP) Quando: hoje, às 20h Quanto: grátis Inscrições: tel. 011/813-3627 (Inês ou Kiki) Texto Anterior: Herchcovitch tenta salto para a arte Próximo Texto: Pinacoteca traz De Fiori 'brasileiro' Índice |
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