São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997 |
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Usuários ficam sem orientação
MARCELO OLIVEIRA
Foi o caso da auxiliar de limpeza Zuleide Santos, 40, que acabou prejudicada duplamente pela manifestação dos motoristas. "De São Miguel (zona leste), onde moro, até o trabalho, em Pinheiros (zona sudoeste) pego dois ônibus. Deveria ter descido no parque D. Pedro (centro), mas, como estava tudo parado lá, fiquei na rua do Gasômetro (Brás)." Zuleide desceu do ônibus às 11h e foi a pé até o terminal Bandeira, fechado às 9h45 pela SPTrans para que os ônibus não ficassem parados no local. Sem encontrar orientação no terminal Bandeira, saiu pedindo informações para outras pessoas na mesma situação que ela e descobriu que deveria pegar o ônibus na Bela Vista, na praça 14 Bis. "Cheguei meio-dia lá, justo no horário em que já deveria estar trabalhando. Fiquei 20 minutos lá e não passou nenhum ônibus. Agora estou aqui (avenida Nove de Julho) e nada." Por situação semelhante passou o estudante Fábio Pereira da Silva, 16, no terminal Barra Funda (zona noroeste). Morador do Jardim Guarani, na zona norte de São Paulo, ele estava desde às 13h30 no terminal e não recebera nenhuma informação até as 15h30. "Se eu perder tempo aqui, eu perco a aula." Revoltados também estavam os usuários do terminal de ônibus do parque D. Pedro. "É uma palhaçada o que os motoristas de ônibus estão fazendo. A gente precisa das peruas. Se as empresas querem melhorar, tem de colocar mais ônibus na rua e não mandar os motoristas parar os terminais", disse o ajudante-geral José Aerton de Andrade Araújo, 25, que ficou quase duas horas esperando a reabertura do terminal para pegar ônibus para o Itaim Paulista (zona leste), onde mora. (MO) Texto Anterior: Motoristas ficam presos nos terminais de ônibus Próximo Texto: Clima eleitoral influi em atos Índice |
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