São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997 |
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Pactual e ingleses vão administrar fundos
VANESSA ADACHI
A nova empresa, batizada de Pactual Electra Capital Partners, administrará fundos que compram participações em empresas de médio e grande porte com potencial de valorização, os chamados fundos de "private equity". Esse tipo de fundo de investimento, bastante comum no exterior, tem crescido no Brasil desde o ano passado. A própria Electra Fleming tem US$ 2,5 bilhões sob sua administração, principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos. O Brasil foi escolhido como ponto de partida da Electra na América Latina. A idéia por trás desses fundos é garimpar boas empresas que necessitam de injeção de recursos para estimular seus negócios. "Há dezenas de companhias necessitando de capital hoje no Brasil", diz o presidente da Electra Fleming, Fred Vinton. A Pactual Electra criará dois fundos, um para investidores brasileiros e outro para estrangeiros, que deverão captar R$ 400 milhões. A fase de captação de recursos, segundo Vinton, deverá terminar em março de 98. Até lá, os novos sócios farão a seleção das empresas nas quais os fundos ingressarão. "Temos uma lista de 66 empresas e estamos fazendo uma seleção. Não existem setores específicos de interesse"', diz o presidente do Pactual, Luiz Cézar Fernandes. Os novos fundos devem atrair a atenção dos investidores que Vinton chama de "profissionais". "Não são fundos de varejo. Imaginamos aplicações mínimas de R$ 5 milhões", diz ele. Os sócios também reservaram uma parcela de capital próprio para colocar nos novos fundos. O Pactual deve aplicar R$ 40 milhões, e a Electra, R$ 25 milhões. Cada uma das empresas que integrará os fundos deverá receber investimentos entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. O primeiro alvo deverá ser a Argentina, onde o banco brasileiro está abrindo uma empresa de administração de recursos e já possui clientes empresariais. No Brasil, o Garantia já possui fundos de "private equity". Além dele, a Brasilpar representa um fundo da WestSphere Equity Investors. Outro grande "player" que ingressou no Brasil foi a DLJ (Donaldson, Lufkin & Jenrette). Texto Anterior: Dornelles anuncia medidas para suprir demanda externa de café Próximo Texto: Odebrecht tem trunfo para comprar Conepar Índice |
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