São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997 |
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Banco de reconstrução europeu poderá ter o Brasil como sócio Missão do Berd está no país para estreitar relações WALTER WIEGRATZ
A afirmação foi feita ontem por membros de uma missão do Berd que se reuniram, na sede da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base), com empresários brasileiros, numa primeira aproximação entre os dois lados. Em 1991, quando o banco foi criado, o Brasil formulou um pedido de adesão, mas o banco já havia fechado seu capital. Agora, depois de dobrar o capital de US$ 11,5 bilhões para US$ 23 bilhões, o Berd promove uma nova abertura com 0,8% de seu capital alocado. Hoje, os membros do banco estarão em Brasília para discutir com o Ministério da Fazenda e o Banco Central a possibilidade de ingresso do Brasil no Berd. O Berd pode ser a ponte de investimentos entre a comunidade empresarial e financeira do Brasil e os países do Leste Europeu. No encontro de ontem na Abdib, dirigentes do Berd fizeram a apresentação das linhas gerais de atuação do banco e forneceram dados sobre o mercado emergente da Europa Central e Oriental. O banco atua nesses países como suporte na difícil transição de uma economia estruturada em bases socialistas para uma economia de mercado, além de promover a iniciativa privada e empresarial. Segundo Fernando Soares Carneiro, diretor do Berd, as prioridades estratégicas do banco são a diversificação geográfica das operações com instituições financeiras locais e as participações de capital com enfoque no setor privado. Atualmente, o Berd possui capital de US$ 23 bilhões, com US$ 45 bilhões aplicados em investimentos de infra-estrutura, finanças, indústria e serviços. Josué Tanaka, executivo do Berd, diz que o banco atua num mercado "atrativo e cheio de oportunidades para as empresas brasileiras, com carências latentes nos setores de bens de consumo e infra-estrutura (engenharia e construção civil)". O crescimento econômico da região abrangida pelo Berd foi de 50% em relação a 1994. Em 1997, 13 dos 26 países que a compõem apresentaram crescimento do PIB acima de 4%. A inflação média na região caiu de 29% em 95 para 14% em 1997. O mercado da Europa Central e Oriental possui hoje 400 milhões de habitantes, um PIB regional de US$ 1 trilhão e renda per capita de US$ 2.500. Texto Anterior: UE também vai investigar atuação da Microsoft Índice |
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