São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997
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Telefônicas querem dar acesso à Internet

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sucursal de Brasília
As telefônicas estatais do país preparam-se para oferecer acesso à Internet. A questão foi discutida em reunião do Comitê Gestor da Internet, na semana passada. Também gerou protestos das empresas privadas que prestam esse serviço (leia texto ao lado).
Segundo o representante das Comunicações no comitê, Airton Luciano Aragão, o ministério não quer esperar a privatização das teles. "A antecipação servirá como experiência para as teles que serão privatizadas."
Desde 1995, quando foi regulamentado pelo governo o comércio para oferecer acesso à rede mundial de computadores, as teles foram excluídas desse processo. O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, afirmou na época que era preciso que a iniciativa privada organizasse o mercado.
A polêmica surgiu devido a declarações que Sérgio Motta fez há duas semanas, dizendo que estava em estudos a liberação das teles para prover acesso.
Os representantes das empresas de telecomunicação dos Estados consultados pela Folha afirmam que não podem dar declarações sobre sua entrada nesse mercado, enquanto o ministro não fizer comunicado oficial.
Procedimento
Divulgado o comunicado, o processo para que as teles se tornem provedoras começa pela Telebrás, estatal que regulamenta as teles.
Elas têm praticamente os principais ingredientes para oferecer acesso: linhas telefônicas e uma conexão (link) com uma central internacional de comunicações -conhecida no jargão informatiquês como backbone.
O último item é fazer a licitação para a compra dos computadores, etapa que leva de 90 dias a 120 dias.
TVs pagas
As operadoras de TV paga também querem participar desse filão.
Segundo Moysés Pluciennik, diretor-geral da Globocabo, responsável por operações de TV por assinatura, a empresa tem feito testes e está preparada para operar assim que houver liberação formal do Ministério das Comunicações.

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