São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997 |
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Câmara desvincula militares de civis Proposta vai agora ao Senado DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Câmara concluiu ontem a votação da proposta que separa os servidores militares dos civis, desvinculando os aumentos salariais das duas categorias. A emenda foi aprovada por 379 votos a favor, 58 contra e 5 abstenções.A mesma proposta transfere para os governos estaduais a competência de organizar as PMs e os Corpos de Bombeiros, que passam a ser militares estaduais. Pela proposta, a carreira dos militares -atualmente tratada no mesmo capítulo dos servidores civis- passa a ser definida no capítulo sobre as Forças Armadas. "A vinculação torna difícil para o governo corrigir as distorções salariais do funcionalismo", disse o líder do governo, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). "Não há maior discriminação do que dar tratamento igualitário para funções diferentes", disse o primeiro vice-líder do PMDB, deputado Wagner Rossi (SP). A emenda será encaminhada para o Senado, onde também terá de ser votada em dois turnos, depois de passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O governo tem urgência na aprovação da proposta para negociar uma revisão salarial aos servidores das Forças Armadas sem que haja necessidade de repassar o mesmo reajuste aos servidores civis. A proposta mantém a proibição de servidores militares se associarem a sindicatos, participarem de greves e se filiarem a partidos políticos enquanto na ativa. A oposição tentou manter a vinculação entre os servidores militares e os civis, mas foi derrotada. O deputado José Genoino (PT-SP), porém, defendeu a desvinculação das carreiras. "Essa emenda favorece a modernização das Forças Armadas", disse. Até 1988, havia a separação entre civis e militares. Com a promulgação da atual Constituição, ambos passaram a ser servidores públicos com o mesmo estatuto. Texto Anterior: O fim de São Paulo Próximo Texto: Porta-voz contesta reportagem da Folha Índice |
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