São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pichação conta violência

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Embora não fizessem parte das intervenções urbanas dos artistas do projeto Arte/Cidade 3, as pichações nas paredes do Moinho Central chamaram mais a atenção do que muitas obras/instalações.
Algumas contavam casos de violência, outras denunciavam a repressão policial.
Em uma das pichações, um garoto conta como havia sido violentado no local e de que forma aquilo havia transformado sua vida.
O curador Nelson Brissac Peixoto conta que, quando o moinho foi escolhido para abrigar o Arte/Cidade 3, o local era usado por gangues que traficavam crack.
"As pichações faziam parte da história recente do lugar. Não podíamos tirá-las", diz ele, que ressalta que "algumas das intervenções refletem essa violência."
É o caso do artista plástico Cildo Meirelles, que usa 7.000 seringas descartáveis cheias de sangue de boi para construir uma metáfora sobre a degradação humana e a deterioração do lugar.
(LAR)

Texto Anterior: Chuva faz intervenção no Arte/Cidade 3
Próximo Texto: "A Sabedoria" é tema de debate no Tuca Arena
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.