São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Grupo dá rajada, fere 2 e rouba metrô

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro ladrões invadiram ontem a estação Santana do metrô (zona norte de São Paulo), dispararam uma rajada de submetralhadora, balearam dois vigilantes e roubaram R$ 75,9 mil arrecadados com a venda de vales-transporte.
O crime aconteceu às 7h, um dos horários de maior movimento da estação, que é a primeira da linha norte-sul e recebe passageiros de ônibus de toda a zona norte. Houve correria. Tiros acertaram os vidros das bilheterias.
O dinheiro roubado havia sido recolhido nas bilheterias 115, 116 e 117. Ele representava o movimento das vendas de anteontem. Três vigilantes da empresa de transporte de valores Transpev foram apanhar o malote com os R$ 75,9 mil.
Quando estavam com o malote na mão, surgiram os quatro assaltantes, atirando. O grupo era liderados por um homem "gordo e barbudo", segundo a descrição feita pelas testemunhas, que carregava uma maleta.
Um dos vigilante feridos derrubou o revólver calibre 38 no chão. Os ladrões apanharam o malote e saíram correndo pela estação. Os vigilantes Jurandir dos Santos, 29, e Aluísio Faustino dos Santos, 29, foram levados a um hospital.
Fuga
Segundo testemunhas, os assaltantes teriam apanhado duas motocicletas que estavam estacionadas na avenida Cruzeiro do Sul, ao lado da estação, e fugido.
A perícia contou 27 cápsulas de balas calibre 9 mm disparadas pela submetralhadora no chão da estação do metrô. Também achou outras cinco cápsulas de calibre 38.
Para a polícia, esse caso se diferencia dos assaltos comuns às bilheterias das estações de metrô. Nos roubos comuns, são levados de R$ 200 a R$ 1.500.
"No caso de hoje (ontem), o alvo não foi uma bilheteria comum, mas as que vendem vales-transporte", disse o delegado Manoel Camassa, da 4ª Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio.
Até as 19h de ontem, a polícia não tinha pistas sobre a identidade dos criminosos. Os vigilantes tentarão fazer o retrato falado dos assaltantes e reconhecê-los nos álbuns de fotografias da polícia.
Congonhas
A Delegacia de Roubo a Bancos foi encarregada ontem do inquérito que apura o roubo de R$ 4,06 milhões ocorrido anteontem no pátio do aeroporto de Congonhas (zona sudoeste de São Paulo).
Até ontem, a polícia não tinha pistas sobre os 12 ladrões que participaram do crime.
(MG)

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