São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Wall Street segue queda na Ásia e encerra com baixa de 0,38%
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A Bolsa de Nova York voltou a fechar ontem com queda de 0,38% depois de um pregão agitado.Investidores atribuíram a queda aos efeitos ainda provocados pela crise dos mercados do Sudeste Asiático, que em sua maioria fecharam em baixa ontem. O pregão em Wall Street havia sido iniciado com forte tendência de alta. Pela manhã, o índice Dow Jones chegou a subir 68,52 pontos. Mais tarde, a sessão ficou sem tendência definida. O anúncio do acordo de compra da MCI pela WorldCom -empresas do setor de telecomunicações- por US$ 37 bilhões concentrou a atenção do mercado. A fusão está sendo considerada a maior da história do país. O mercado também se mostrou tenso diante do atual impasse entre Estados Unidos e Iraque. Investidores também estavam ansiosos ontem à espera de dados sobre a inflação norte-americana que deverão ser anunciados esta semana. Analistas avaliaram que, dada a fragilidade dos mercados financeiros globais, o banco central norte-americano não deve elevar a taxa de juros em sua reunião desta quarta-feira. Hong Kong As Bolsas de Valores de Hong Kong, Japão, Malásia, Tailândia, Filipinas e Cingapura fecharam ontem em baixa arrastadas pela queda de 1,3% na Bolsa de Nova York na última sexta-feira. O índice Hang Seng, principal indicador em Hong Kong, perdeu 111,26 pontos, o que representou queda de 1,1%. O clima de apatia dominou o pregão, que registrou pequeno volume de negócios. A alta taxa de juros, as perdas acumuladas no setor imobiliário e a especulação em relação à paridade do dólar de Hong Kong, em vigor há 14 anos, continuam sendo os fatores que mais preocupam os investidores. Tóquio Em Tóquio (Japão), o índice Nikkei caiu 139,16 pontos, o que representa baixa de 0,9%. A queda foi motivada pelas vendas do mercado a prazo no setor bancário e à influência da baixa em Hong Kong, segundo os corretores. O setor bancário foi o mais afetado pelas vendas dos investidores estrangeiros, devido à baixa do won sul-coreano e à influência da economia da Coréia do Sul no mercado japonês. As perdas na Malásia, em Cingapura, nas Filipinas e na Nova Zelândia foram de 2,4%, 0,5%, 2,2% e 2,7%, respectivamente. Tailândia Na Tailândia, a Bolsa de Valores registrou queda de 1,0%. As ações tailandesas caíram rapidamente depois de registrar uma alta inicial. A comunidade financeira e empresarial da Tailândia recebeu com satisfação a nomeação do novo primeiro-ministro tailandês, Chuan Leekpai, que havia ocupado o cargo entre 1992 e 1995. Investidores avaliam, no entanto, que sua boa imagem política não bastará para resolver a grave crise que o país atravessa. A volta de Chuan contribuiu para a recuperação da moeda local, o bat, depois de duas semanas de queda contínua. Analistas avaliam que será necessário de três a cinco anos para a recuperação da economia tailandesa. Para capitalizar os cofres públicos, o governo tailandês solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ajuda econômica de US$ 17,2 bilhões. Coréia do Sul A Bolsa de Valores de Seul, na Coréia do Sul, fechou ontem com alta de 6,0%. O país vem sendo considerado o mais novo candidato a sofrer um ataque cambial. Na última sexta-feira, a Bolsa de Valores de Seul havia registrado baixa de 6,9%, a maior queda em 17 anos, depois que investidores estrangeiros resolveram vender ações com receio de uma desvalorização do won, a moeda local. Houve alta também em Taipé (Taiwan), de 1,3%, graças a uma recuperação técnica, e na Austrália, de 0,3%, devido a rumores de aquisições de empresas. Europa As Bolsas de Valores européias se recuperaram ontem depois de duas semanas de agitação provocada pela queda nas bolsas asiáticas. A abertura em alta da Bolsa de Nova York (EUA) repercutiu nos principais mercados europeus. A Bolsa de Londres fechou com alta de 0,9%. Em Amsterdã (Holanda), Milão (Itália) e Bruxelas (Bélgica), houve alta de 0,9%, 0,2% e 0,6%, respectivamente. A Bolsa de Madri (Espanha) foi a exceção, com baixa de 0,6%. Em Paris, não houve pregão devido a um feriado nacional. Na última sexta-feira, as bolsas européias haviam perdido entre 2% e 3,24%. Texto Anterior: FHC pede sangue, suor e fé Próximo Texto: Crise que sacode mercados é positiva, afirma Grupo dos 10 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |