São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Líderes vêem normalidade

LUCIO VAZ
LUIZA DAMÉ

LUCIO VAZ; LUIZA DAMÉ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os líderes dos partidos governistas na Câmara disseram ontem que consideram normal a rejeição inicial da população ao pacote fiscal, registrada pelo Datafolha. Eles esperam que esse quadro seja modificado quando as medidas forem mais bem explicadas.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que "é preciso divulgar a necessidade das reformas, mostrar que não há outro caminho". "Na questão do Imposto de Renda, talvez haja outro caminho. Se lá fora a resistência é essa, reflete aqui."
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que "o pessoal ainda não entende direito o pacote". "Só sabe que tem aumento de Imposto de Renda, aumento de combustível e demissões. Não sabe de nenhum benefício."
"Nesse primeiro momento, quando o pacote ainda não foi devidamente esclarecido, essas pesquisas não devem preocupar. Daqui a 15 dias, quando estiver explicado, melhora."
O primeiro vice-presidente do PPB, deputado Delfim Netto (SP), disse que "as opiniões sobre o pacote ainda são muito prematuras". "É um tema complexo. A tendência (da sociedade) é rejeitar."
O líder do PPB na Câmara, Odelmo Leão (MG), disse que o pacote "é amargo, mas é para o bem da sociedade e para a consolidação do Real".
"Se perguntarem se querem a continuidade do Real, a maioria vai dizer que sim."
Para o líder do governo na Câmara, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), a pesquisa reflete "um momento de incerteza, mas, depois que as coisas começarem a se esclarecer, esse quadro muda".
"Toda pesquisa feita no olho do furacão tem distorções. A população vai reconhecer a coragem dos que defenderam o Real", disse o líder do PSDB, deputado Aécio Neves (MG).

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