São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Investimentos serão decisivos, diz Barros de Castro

DA SUCURSAL DO RIO

O economista Antônio Barros de Castro afirmou ontem considerar "sensata" a estimativa de que a economia brasileira enfrentará por, no mínimo, seis meses, "uma desaceleração muito forte e uma paralisia de muitas decisões".
Segundo Castro -que ressaltou estar, como outros economistas, levantando hipóteses "sem nenhuma segurança"-, a situação econômica será decidida pela combinação de alguns fatores, como, por exemplo, os investimentos das empresas.
"Há sinais de que as multinacionais vão mantê-los, sem nem sequer desacelerá-los", disse o economista. "Isso é positivo."
Também decisivo, segundo Castro, será o eventual avanço (ou não) "da quebradeira, da inadimplência" das empresas.
Outro condicionante, afirmou o economista, será a capacidade do governo de "constituir consensos" em torno da condução da situação econômica.
"Vamos ver se o governo vai conseguir ou não constituir consensos de que estamos todos, em última análise, no mesmo barco", disse ele.
O economista disse também que o prazo de seis meses é a "linha divisória entre os otimistas e os não-otimistas" que analisam a economia brasileira.
"Os não-otimistas achariam que ao longo desses seis meses outros problemas poderiam emergir", afirmou. "Problemas de toda natureza, mas inclusive problemas sociais decorrentes das falências, do aumento do desemprego, coisas dessa natureza."

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