São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997 |
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Corinthians aumenta poder de Angioni
MARCELO DAMATO
No clube há cerca de dois meses como gerente do futebol profissional, ele assume as funções e o poder do vice-presidente de futebol licenciado, José Mansur Farhat. O seu cargo, no entanto, continua o mesmo. A vice-presidência ficará vaga. É a primeira vez que um empregado do clube torna-se a pessoa mais importante no futebol. "É a profissionalização. Não é isso que estavam nos cobrando?", alfinetou o presidente do clube, Alberto Dualib. Oficialmente, Farhat está de licença até 20 de janeiro, mas o próprio Dualib deixou escapar que não conta com sua volta. "O Angioni é o homem-forte do futebol em 98. Em princípio, o Mansur volta em janeiro, mas isso pode mudar", afirmou, em entrevista no seu gabinete. O próprio Angioni não espera a volta de Farhat. Ao ser questionado como via a saída do vice-presidente, respondeu: "Com preocupação, pois as minhas funções vão aumentar, e com alegria, pois esse sempre foi um sonho meu". A tarefa mais importante de Angioni em curto prazo será definir, junto com a presidência do clube e o banco Excel Econômico, os rumos do clube para o ano que vem. As principais diretrizes serão definidas numa reunião ainda não marcada, mas que deve ocorrer dentro de uma ou duas semanas. Segundo Dualib, até as categorias de base serão tema de discussão. Angioni, por outro lado, disse que o assunto deve ser limitado ao futebol profissional. Esse não foi o único tema em que Angioni e Dualib mostraram pontos de vista conflitantes (leia frases abaixo). "Na minha filosofia, deve-se primeiro definir as idéias, que no caso são as diretrizes para o futebol em 98. Todo o resto é consequência", explicou Angioni. Nesse quadro, o nome do técnico vai depender do perfil que se vai buscar. Candinho Dualib não deu nenhuma pista sobre quem será o técnico escolhido. "Digo apenas que o Corinthians terá um grande time, com jogadores em nível de seleção. O Excel vai investir pesado." Mas Angioni afirmou que Candinho "está em vantagem. Ele já conhece o Corinthians. Isso é muito importante para definir que pontos é preciso corrigir". Angioni fez uma promessa que corresponde ao único desejo público de Candinho: a decisão será rápida e o treinador será avisado assim que ela for tomada. "Só uma coisa prevalece sobre as idéias. É a dignidade", disse, mas ressalvou que não vai esperar o fim do Brasileiro para convidar o técnico que vier a ser escolhido. Texto Anterior: 'Carioca não é vagabundo' Próximo Texto: Santos 'lapida' time e prioriza a emoção Índice |
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