São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Brasilianistas fazem encontro nos EUA

Reunião terá 700 estudos sobre o Brasil

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Foi aberto ontem na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, o maior encontro de estudiosos de problemas brasileiros realizado fora do Brasil.
Os ministros da Educação, Paulo Renato Souza, da Cultura, Francisco Weffort, e o embaixador do Brasil em Washington, Paulo Tarso Flecha de Lima, participaram da cerimônia. Cerca de 700 trabalhos sobre o Brasil serão apresentados de hoje até domingo.
O encontro é promovido pela Brazilian Studies Association, entidade conhecida como Brasa, que tem sua sede na Universidade do Novo México, oeste dos EUA.
O tema geral da conferência é "Globalização e Identidade Brasileira". A maioria dos estudos apresentados é das áreas de história e literatura, mas a diretoria da Brasa está tentando estimular a apresentação de mais trabalhos de outros campos na próxima reunião internacional da entidade, marcada para 2000, no Brasil, provavelmente no Estado do Paraná.
Durante o encontro, será aberta hoje, na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) uma exposição chamada "Tesouros da Biblioteca Oliveira Lima", com parte do acervo dessa instituição, que tem sede na Universidade Católica de Washington.
Convênio
Também como parte da programação, foi assinado convênio entre o Ministério da Cultura e o Woodrow Wilson Center, um dos mais prestigiosos centros de estudos superiores dos EUA, pelo qual será possível ampliar o número de bolsistas brasileiros na instituição.
O convênio também ajudará a viabilizar o projeto "Brasil no Wilson Center", concebido para promover pesquisas a respeito do país e disseminar a cultura brasileira nos EUA.
Não há na capital dos EUA atualmente um programa de estudos superiores especializado no Brasil, e o do Wilson Center vai preencher esse vazio.
O ministro Paulo Renato Souza assinou com o presidente do BID, Enrique Iglesias, protocolo de intenção para realizar programa de assistência do banco no valor de US$ 500 milhões para promover a educação profissionalizante no Brasil. O contrato é um dos maiores que o BID já firmou na área de educação na sua história.
O secretário da Educação dos EUA, William Riley, que foi ao Brasil com o presidente Bill Clinton, esteve no BID para ouvir palestra do ministro Paulo Renato Souza sobre a atual política educacional do governo brasileiro.

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