São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Ex-deputados sumiram, dizem advogados de Motta

FABIANA MELO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Marcelo Henriques Ribeiro de Oliveira, advogado do ministro Sérgio Motta (Comunicações), disse à Folha que pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que arquivasse os pedidos de explicações aos ex-deputados Ronivon Santiago e João Maia porque eles não foram encontrados e porque negaram as acusações em depoimento na Câmara.
Após a renúncia de Ronivon e Maia, o advogado não conseguiu localizar os endereços dos dois para que o STF pudesse notificá-los do processo.
"Os dois ex-parlamentares mudaram de endereço e de Estado", afirmou Oliveira.
"A última notícia que tive do Ronivon, por exemplo, foi que ele estava morando no Ceará", disse Reginaldo Castro, outro advogado de Motta.
Além disso, segundo Oliveira, Motta desistiu de levar o processo adiante porque os ex-deputados negaram as operações de venda de votos e a participação do ministro, durante os depoimentos que prestaram na comissão de sindicância da Câmara dos Deputados instaurada para investigar o assunto.
"Como as interpelações judiciais serviriam apenas para os interpelados negarem ou confirmarem as declarações publicadas na Folha, a probabilidade de eles repetirem os depoimentos prestados era muito grande", declarou.
Ronivon Santiago disse, em seu depoimento, que não se lembrava de ter citado o nome do ministro.

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