São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Grupo previa levar R$ 9 mi

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O grupo que fez o assalto na aeroporto de Congonhas planejava roubar R$ 9 milhões. O plano estava sendo feito havia cerca de um ano.
Segundo a polícia, os ladrões só não levaram esse dinheiro por duas razões: não pegaram dois malotes com R$ 1,5 milhão que estavam num compartimento do avião e não esperaram um outro carro-forte descarregar mais R$ 4 milhões.
Os líderes do roubo milionário previam achar um esquema de segurança mais forte do que o existente no aeroporto de Congonhas. Por isso, compuseram um grupo numeroso de ladrões armados com fuzis e submetralhadoras.
Membros de três das principais quadrilhas de ladrões de banco de São Paulo se uniram. Eles seriam moradores das zona norte e sul da cidade.
Aílton de Souza e Silva, o Itinha, que seria um dos líderes do grupo, teria entrado na pista do aeroporto de Congonhas armado com fuzil. Ele estava no interior de uma Kombi que tinha o logotipo da Infraero, empresa que administra os aeroportos no Brasil.
Itinha teria rendido os vigilantes da Protege e ajudado a recolher os malotes que já estavam no interior do avião Sêneca da Sul América Táxi Aéreo.
Ao todo, a quadrilha tinha 15 homens. Outros 15 foram convidados, mas não participaram do roubo. Alguns deles foram a uma reunião feita para acertar os detalhes do plano.
Segundo a Delegacia de Roubo a Banco, quase todos os que foram convidados teriam recebido parte do dinheiro roubado a fim de que não denunciassem os participantes do assalto.
Telefonema
No dia seguinte ao roubo, um dos ladrões convidados para participar do assalto telefonou para a Delegacia de Roubo a Bancos. Investigadores dessa delegacia já haviam estado na casa do suspeito em Piracicaba (170 km a noroeste de SP).
O suspeito, cujo nome não foi revelado, disse aos policiais que não adiantava procurá-lo, pois ele já estava fora do Estado de São Paulo. Avisou também que havia sido convidado a participar do roubo, mas que era "inocente" desse crime. Até ontem, os policiais não o haviam capturado.
(MG)

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