São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Colegas atribuem morte à surra
RODRIGO VERGARA
Segundo os vendedores Osvaldo da Silva, 30, e Joel Costa dos Santos, 27, Paulo Nélson ficou com dificuldade de andar e com fraqueza nos braços e pernas durante os 30 dias transcorridos entre o espancamento e sua morte. Seus colegas de ponto dizem que, depois da agressão, Paulo Nélson pedia frequentemente para que alguém levasse suas mercadorias porque ele não tinha forças. "Ele levou nove pontos na cabeça e vivia com dores de cabeça por causa daquilo", disse Joel, ontem, em frente à estação da Luz, onde vende cocos. De acordo com Joel, Paulo Nélson foi ferido na parte frontal da cabeça, do lado esquerdo. Os braços do ambulante também tinham hematomas, que levaram semanas para desaparecer. O estado de saúde do camelô piorou na última segunda-feira, véspera de sua morte. Naquele dia, Paulo Nélson chegou ao seu ponto reclamando de febre. Ao longo do dia, segundo Joel, o camelô disse aos colegas que a febre aumentava. "O Paulão foi embora daqui ruim. No dia seguinte, soubemos que ele tinha ido parar no hospital e morrido." Segundo Joel, o colega estava evacuando sangue e não conseguia reconhecer as pessoas à sua volta, nem mesmo seus parentes. "Para mim, isso foi por causa das pancadas na cabeça que ele levou." (RV) Texto Anterior: 18 nomes são divulgados Próximo Texto: Agressor já teria cobrado propina Índice |
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