São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Agressor já teria cobrado propina
RODRIGO VERGARA
A afirmação é do camelô Osvaldo da Silva, 30, que vendia cigarros ao lado da banca de Paulo Nélson quando os fiscais chegaram ao local. Como sua banca de cigarros é pequena e fácil de ser carregada, Silva correu e atravessou a rua para fugir dos fiscais. "Eram uns 20 caras, a maioria eu não conhecia. Mas tinha dois que eu já tinha visto antes. Um deles já tinha passado aqui uma vez, num carro da prefeitura, e disse que era funcionário da prefeitura e que queria uma gorjeta." Silva disse que não pagou a propina ao fiscal. Na época, ele trabalhava no local havia uma semana. "Aí ele disse. 'Tudo bem. É a primeira vez, você é novo aqui, tudo bem. Da próxima vez, se não tiver gorjeta, já sabe.' Mas ele não voltou mais." Além dessa vez, Silva disse que foi cobrado por pessoas que se diziam funcionários da prefeitura em duas outras ocasiões. Deu cerca de R$ 5 cada vez. "Cada vez veio um cara diferente, sozinho. E nenhum deles estava no dia do espancamento, não." O ambulante negou que seu amigo tenha puxado um facão para os fiscais. "O Paulo não queria pagar a 'caixinha', por isso que eles engrossaram." (RV) Texto Anterior: Colegas atribuem morte à surra Próximo Texto: IML atesta ferimento na cabeça Índice |
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