São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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38 piscinas públicas estão fechadas em SP

Há rachaduras e infiltrações

PRISCILA LAMBERT
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do calor dos últimos dias, a população paulistana está impedida de usar a maioria das piscinas públicas da cidade. Das 66 que são da prefeitura, 38 estão fechadas por falta de conservação.
A maioria delas apresenta rachaduras, buracos e infiltrações que impedem sua ocupação.
Segundo a Secretaria Municipal de Esportes e Turismo, algumas das piscinas têm problemas graves há mais de 20 anos.
No CEE (Centro Esportivo e Educacional) Salim Farah Maluf, na Mooca (zona sudeste), problemas de má conservação mantêm a piscina fechada há seis anos.
No Centro Esportivo do Rubens Pecce Lordello, no Cambuci (região central), a falta de segurança é visível. Rachaduras atravessam toda a largura da piscina de recreação. Por causa das infiltrações, o solo ao redor está cedendo e formando buracos.
O vazamento chegou aos vestiários e à casa de máquinas, afetando fiações e motores utilizados para o tratamento da água.
"A situação está perigosa", diz a diretora do centro, Maria Tereza Francisca.
Segundo ela, cerca de 400 pessoas -público médio em dias de calor- estão sendo privadas de utilizar a piscina diariamente.
O centro conta ainda com uma piscina semi-olímpica, que funciona apenas para aulas de natação e hidroginástica.
No CEE Raul Tabajara, na Barra Funda (zona noroeste), a situação não é muito diferente. De acordo com o diretor, Angelo Miguel Lopes Martin, 42, obras paliativas não funcionam.
"O terreno está em um aterro. O solo não assenta como deve. É preciso destruir tudo e construir uma nova piscina."
A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação informou que, do total de piscinas fechadas, cinco já estão sendo reformadas e devem reabrir em dezembro. Outras 12 têm previsão de abertura para janeiro de 98. A reforma das outras 21 piscinas será incluída no orçamento do ano que vem.

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