São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Bolsas perderam US$ 1,29 bi de recursos externos em outubro
CHICO SANTOS
Criado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para controlar o fluxo de capitais estrangeiros nas Bolsas, o Anexo 4 é hoje praticamente a única via de entrada de recursos externos nas Bolsas. O déficit foi divulgado ontem pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão responsável pela regulamentação e fiscalização do mercado de ações. O recorde anterior havia sido em março de 1995, mês em que ocorreu outro ataque ao real, com saídas líquidas de US$ 1,18 bilhão. Foi o terceiro mês consecutivo de saldo negativo do movimento de recursos do Anexo 4, mas o resultado de outubro foi mais que três vezes os US$ 362,03 milhões de setembro ou os US$ 427,51 milhões de agosto. Mesmo com esses três meses de saldos negativos, no acumulado deste ano o volume de dinheiro estrangeiro que entrou nas Bolsas brasileiras ainda é maior que o volume que saiu. O saldo positivo acumulado é de US$ 2,65 bilhões. No final de julho, esse saldo acumulava US$ 4,73 bilhões. O saldo de entradas e saídas de recursos pelo Anexo 4 desde a sua criação é de US$ 17,7 bilhões. Esse é o volume total de recursos estrangeiros aplicado no mercado acionário brasileiro atualmente via esse mecanismo. O movimento de saída dos primeiros dez meses de 97 também bateu o recorde, com US$ 24,67 bilhões. O maior volume de saídas anterior foi o do ano de 1995, com US$ 21,5 bilhões. Na progressão mensal deste ano, o maior saldo positivo foi registrado em julho, mês em que as cotações das ações nas Bolsas brasileiras alcançaram o pico e começaram a cair. Naquele mês, entraram no país pelo Anexo 4 um total de US$ 3,85 bilhões e saíram US$ 3,088 bilhões, deixando um saldo de US$ 763,2 milhões. No mês passado, as entradas somaram US$ 2,9 bilhões e as saídas alcançaram US$ 4,19 bilhões. Texto Anterior: Saída de estrangeiro continua neste mês Próximo Texto: Abrapp faz crítica a repasse reduzido Índice |
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