São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Merrill Lynch diz que país supera crise sem desvalorização do real

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch prevê que a economia brasileira crescerá apenas 1,2% em 98, mas o país conseguirá atravessar a crise financeira mundial sem precisar desvalorizar sua moeda além do ritmo normal.
As previsões constam de relatório divulgado pelo banco, que reviu a sua projeção anterior de 3,8% para o crescimento brasileiro no próximo ano. O governo também refez a sua, de 4% para 2%.
"O crescimento cairá de forma acentuada em 1998 como consequência do arrocho fiscal e monetário", escreve o Merrill Lynch no seu relatório.
Para este ano, a estimativa do crescimento do PIB também foi reduzida de 3,7% para 3,3%.
As previsões do banco são mais otimistas em relação à inflação brasileira, que cairá em 1998 apesar do impacto gerado pelo reajuste no preço dos combustíveis, em vigor a partir de amanhã.
O déficit em transações correntes (soma da balança comercial com a balança de serviços, como o pagamento de juros ao exterior) também foi revisto para baixo, de 5,2% do PIB para 4,4%.
Para o Merrill Lynch, os mercados internacionais voltarão a confiar no Brasil o suficiente para permitir uma "rápida redução nas taxas de juros".
Até o fim de março de 1998, o banco norte-americano prevê que a TBC (Taxa Básica do Banco Central) cairá dos atuais 3,05% mensais para 1,7% -pouco superior ao nível de 1,58% praticado no final do mês passado, quando começaram as quedas nas Bolsas de todo o mundo.

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