São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Entenda a crise política britânica

IRINEU MACHADO
DE LONDRES

A primeira grande crise do governo de Tony Blair teve origem num encontro no último dia 16 de outubro. Naquele dia, Tony Blair recebeu na residência oficial Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
O encontro se tornou o centro da controvérsia sobre a decisão do governo, dias depois, de isentar a Fórmula 1 da proibição de propaganda de cigarros. Em maio passado, o Ministério da Saúde britânico anunciou que as leis de restrições a anúncios de cigarros iriam incluir o patrocínio.
O encontro entre Blair e Mosley passou a ser interpretado esta semana como uma "cobrança" ao premiê para proteger o automobilismo. As suspeitas aumentaram com a revelação da doação de Bernie Ecclestone.
Anteontem, uma nova revelação reforçou as críticas a Blair. Bernie Ecclestone, o líder das equipes de construtores da Fórmula 1, procurou o partido depois da eleição, ocorrida em maio, para uma nova doação de US$ 1,7 milhão. O Partido Trabalhista confirmou a tentativa, mas se defendeu dizendo que a recusa à oferta foi um "exemplo de honestidade".
O Partido Conservador se aproveitou da crise trabalhista para anunciar mudanças em seu regimento interno. Um porta-voz do partido disse ontem que as mesmas medidas em discussão no Parlamento já estão prestes a ser tomadas internamente no partido.
(IM)

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