São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Explicação necessária; Congresso enxuto; Remédio amargo; Pacote fiscal; Túnel do tempo; Apologia; Realidade confusa; Aids; Menos perdão; Hospitais; No mundo da Lua

Explicação necessária
"A Folha publicou em 11/11 o seguinte título em quadro da primeira página sobre o pacote econômico do governo: 'Quem paga a conta? Sociedade, 48,5%, e governo, 51,5%'. Seria oportuno que os articulistas da Folha esclarecessem à opinião pública o que é governo, que não é sociedade, e se o rombo do governo não é pago pela sociedade. Em nosso entendimento, o título da Folha é uma tremenda empulhação no que diz respeito à informação e um desrespeito desmedido à inteligência dos leitores."
Silvino Alves de Carvalho (São Paulo, SP)

Congresso enxuto
"Seria oportuno que o presidente Fernando Henrique Cardoso tivesse inserido também no seu pacote uma mensagem ao Congresso para que revivesse a proposta do então deputado constituinte Antonio Salim Curiati para a redução do número de representantes do povo em 42%. Além de melhorar os problemas de morosidade legislativa e o gigantismo da Casa Congressual, estaria buscando o seu objetivo de redução de despesas."
José Avila da Rocha (São Paulo, SP)

Remédio amargo
"Assisto -sem nenhuma surpresa- à formação de formidável lobby, objetivando destruir a credibilidade do Plano Real e, via de consequência, obstaculizar a reeleição do presidente. E a Folha vem, com competência, liderando esse lobby. O pacote econômico editado pelo governo constitui o remédio menos amargo possível para enfrentar a crise, que é mundial.
O Estado, afinal, somos nós e, se quisermos manter a estabilidade do real, temos que ajudar a pagar a conta da crise."
Saul Cordeiro da Luz (São Paulo, SP)

Pacote fiscal
"Ninguém pode questionar a vital necessidade de reformas e revisões na economia do Brasil, e reconheçamos que Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) foi muito feliz ao apontar os pontos mais frágeis das medidas implementadas: penalizar ainda mais o contribuinte, aumentando o arrocho fiscal, além de desumano, é mesmo impopular!"
Lázaro Chaves (São José do Rio Pardo, SP)
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"Sem competência de análise do pacote fiscal, ACM e seus congressistas preferem o caminho fácil da demagogia, atacando o aumento do Imposto de Renda, talvez um 'peixe miúdo', sem qualquer percepção de eventuais 'baleias'."
Roberto de Araujo (São Paulo, SP)

Túnel do tempo
"Ao assistir a euforia do ministro Antonio Kandir comentando o plano de extorsão dos minguados recursos financeiros da classe média brasileira, veio-me à memória situação semelhante no governo Collor, quando o mesmo ministro ao lado da então ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello anunciaram o famigerado confisco da poupança da população brasileira com a mesma convicção de acerto."
Joaquim Francisco Sepulveda (Goiânia, GO)

Apologia
"Enquanto os valorosos músicos do Planet Hemp continuam presos em Brasília, por onde andam os filhinhos de papai que covardemente queimaram o índio pataxó Galdino dos Santos nesta mesma cidade?"
Alberto Marsicano (São Paulo, SP)
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"Assistimos com apreensão a movimentação de um grupo de artistas e políticos se pronunciando contra a prisão do grupo musical Planet Hemp, cujas composições fazem apologia à maconha.
Acreditamos que a liberdade de expressão deve ter seus limites éticos. Gostaria de ver o mesmo grupo defender a liberdade de expressão das minorias favoráveis ao nazismo ou a discriminação racial que, da mesma forma, são posições tão abomináveis quanto o uso de drogas."
Luiz Fernandes E. Lima (Brasília, DF)
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"Além de incitar jovens ao uso de drogas, o Planet Hemp faz música de péssima qualidade.
Antes de liberar a maconha, vamos educar o povo brasileiro para que todos saibam, inclusive, diferenciar arte de porcaria!"
Marilda Bernardino (Bragança Paulista, SP)

Realidade confusa
"Lamentável, inacreditável. Em Brasília, a polícia prende e cada vez mais faz publicidade a favor de um conjunto de rap que 'idiotamente' pede a legalização da maconha e deixa escapar, sob sua guarda, um sequestrador da filha de um deputado.
Com FHC favorito às eleições de 98, e o currículo exposto pela Folha dos ministros do TCU, fico deprimido de pensar no futuro da nação."
Antônio Matoso Filho (Brasília, DF)

Aids
"Ao comparar a Aids de forma rasteira com outras doenças, o ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, demonstra que de saúde pública nada conhece. Se não fosse assim, ele saberia que Aids é uma epidemia de difícil controle e, que ao longo do tempo, tem comprometido vidas humanas na fase produtiva.
Enquanto o ministro da Saúde não souber que ele é o responsável pelas políticas de saúde pública, com certeza ficará choramingando pelos cantos, contradizendo ações já em andamento, angustiado pela sua incapacidade de governar a saúde."
Wildney Feres Contrera, historiadora e coordenadora de projetos do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids -Gapa/SP (São Paulo, SP)

Menos perdão
"Em referência ao artigo 'Indulto da fraternidade', de 8/11, escrito por d. Luciano Mendes de Almeida, venho me posicionar totalmente contra.
Os indultos devem ser reduzidos e só concedidos aos presos com condições de usufruí-los, visto a ocorrência de graves crimes recentemente em minha cidade."
Heloisa P.M. Pereira (Bauru, SP)

Hospitais
"A cidade do Rio de Janeiro tinha desde 1935 a maior e melhor rede de prontos-socorros do Brasil.
O governador Marcelo Alencar (PSDB-RJ), ao invés de imitar os hospitais geridos pelo município, adotou o esquema medíocre da administração do Estado. Agora, querendo ser reeleito, tenta de afogadilho uma terceirização dos hospitais.
Uma vergonha e um pepino futuro. O Rio tem histórico de medicina socializada; é fácil botar a casa em ordem. É só entregar para o município."
Luiz Ribeiro de Oliveira (Rio de Janeiro, RJ)

No mundo da Lua
"Em que pese toda a opinião do senador e empresário Fernando Bezerra no artigo 'O importante é defender o Real', à pág. 1-3 (Opinião), de 9/11 , o certo é que, sem querer ofender, o senador está fora da realidade.
Aqui, na realidade do dia-a-dia, a inadimplência toma conta da nossa economia, em cada casa há pelo menos um desempregado. Mais do que houve e está havendo cooperação não é mais possível."
Hugo Pontes (Poços de Caldas, MG)

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