São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997
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Grupo é acusado de incentivo

EUNICE NUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os músicos do Planet Hemp foram presos na madrugada de domingo passado, logo depois de um show realizado em Brasília, que contou com a presença de 7.000 pessoas.
A polícia os prendeu em flagrante, sob a acusação de incentivar e difundir o uso da maconha.
Os integrantes da banda defendem a legalização da maconha e dizem que o seu uso não é nocivo para a saúde. O pensamento dos rapazes do Planet Hemp está na letra de músicas como "Legalize Já" e "Queimando Tudo".
Eles não são os primeiros a falar de maconha na música brasileira -Bezerra da Silva e Rita Lee, entre outros, já o fizeram-, mas são os primeiros a sofrer uma perseguição cerrada por parte da polícia.
Em outubro de 1995, a polícia de Goiânia apreendeu exemplares do CD "Usuário", cancelou a apresentação da banda e prendeu o promotor do show.
Em 1996, foram cancelados shows em Vitória (ES), Salvador (BA) e Brasília.
Em julho de 1997, o grupo tentou apresentar-se novamente em Salvador, mas outra vez os shows foram proibidos. Em outubro, foram cancelados shows no Rio.
Os músicos da banda foram soltos na quinta-feira, graças a um habeas corpus deferido pelo desembargador Otávio Augusto Barbosa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ele entendeu que o flagrante foi irregular. Antes, o juiz Vilmar Pinheiro havia negado o relaxamento da prisão.

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