São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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Abav espera menor vinda de estrangeiros
ISABEL VERSIANI
O presidente da entidade, Sérgio Nogueira, afirmou ontem que a principal preocupação do setor é com relação aos passageiros norte-americanos. A Abav prevê que, com o aumento da taxa, o turismo brasileiro perderá a competitividade em relação ao Caribe. Segundo Nogueira, um pacote de uma semana no Rio de Janeiro, incluindo o preço da passagem, está custando cerca de US$ 800 para os norte-americanos. O novo preço da taxa de embarque, portanto, corresponderia a 10% desse valor. "Estrangeiros que vêm ao Brasil equivalem à exportações, já que eles trazem divisas para o país. Ao inibir o turismo, portanto, o aumento da taxa pode acabar agravando o problema das contas externas", argumentou Nogueira. Este ano, segundo ele, cerca de 2,3 milhões estrangeiros visitarão o Brasil. Em contrapartida, mais de 3,5 milhões de brasileiros viajarão ao exterior. Se a taxa alta for mantida ao longo de 98, a Abav espera redução nesses números. A Abav encaminhou ao secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, e ao presidente da Embratur, Caio de Carvalho, na última quinta-feira, um documento expressando a preocupação do setor em relação ao impacto do aumento da taxa. No texto, sugere que, para compensar o impacto do aumento, os passageiros estrangeiros que cheguem ao Brasil sejam isentos da nova taxa ao deixarem o país. Nogueira também propõe a isenção para os viajantes que estejam indo a algum dos países do Mercosul. Nogueira argumenta que, nesses casos, a taxa de embarque passará a representar mais de 50% do preço total da passagem. A Abav também reivindica que pacotes turísticos e viagens a serviço continuem com a taxa anterior. O governo anunciou o aumento da taxa de embarque na última segunda-feira, mas ainda não publicou a portaria. Texto Anterior: Reserva é dado estratégico Próximo Texto: Títulos cambiais já totalizam R$ 27,2 bi Índice |
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