São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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História de Canudos deve ser apresentada hoje a argentinos Buenos Aires terá debate, exposição e filme sobre o massacre LÉO GERCHMANN
"Canudos - História e Imagem" será apresentado aos portenhos por meio de uma mesa-redonda, uma exposição sobre o tema e, durante três dias, pela projeção da produção brasileira "A Guerra dos Canudos", de Sérgio Rezende. Amanhã, na estréia do filme, a atriz Marieta Severo e a produtora Mariza Leão vão apresentá-lo, a partir das 19h, na Embaixada Brasileira. Na quarta e na quinta, às 19h30, haverá projeções simples no Centro de Estudos Brasileiros. O evento, que serve justamente para marcar os cem anos do fim de Canudos, está sendo organizado pelo Centro de Estudos Brasileiros de Buenos Aires. A mesa-redonda "Canudos e Euclides da Cunha: 100 anos depois", que ocorrerá às 19h de hoje, terá a coordenação de Félix Luna e participações de Boris Fausto, Renato Ferraz e Miriam Gárate. Às 20h, será inaugurada a exposição fotográfica "Canudos: História e Imagem", com os trabalhos elaborados pelo expedicionário Flavio de Barros. As fotos pertencem à coleção do Museu da República, do Rio de Janeiro. Os eventos acontecem no auditório da Fundação Centro de Estudos Brasileiros. No convite, em espanhol, há a seguinte contextualização para informar aos argentinos sobre o assunto: "Octubre de 1897. Sertão de Bahia. Canudos, um movimento mesiánico que terminó en un enfrentamiento entre el grupo de sertanejos liderados por Antônio Conselheiro y las tropas del gobierno republicano". Utiliza-se, também, "Os Sertões": "Decididamente era indispensável que a campanha de Canudos tivesse um objetivo superior à função estúpida e bem pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, contínua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários". O evento tem o apoio do governo da Bahia e das empresas Amil, Odebrecht e Varig. Texto Anterior: Ventriloquia e opinião pública Próximo Texto: Albita mostra que Cuba não é só salsa Índice |
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