São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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SP vê 'policial moderno' de Plínio Marcos
LEONARDO CRUZ
Está armado assim o picadeiro para "O Assassinato do Anão do Caralho Grande", de Plínio Marcos, que estréia hoje, às 21h, no teatro Fernando Azevedo, em São Paulo. A história é baseada no período em que o então adolescente Plínio Marcos, atraído por uma garota, entrou para um circo em Santos, sua cidade natal, e atuou como palhaço aos 16 anos. A montagem é o resultado de um conjunto de oito workshops realizados durante sete meses na Oficina Cultural Oswald de Andrade. O diretor Marco Antonio Rodrigues reuniu cerca de 80 pessoas, entre elenco e produção, para fazer o espetáculo. "Recebi o texto do Plínio (Marcos) no final do ano passado e decidi usá-lo com o pessoal das oficinas, já que precisava de um grupo grande", diz Rodrigues. No total, o elenco de "Assassinato do Anão..." tem 37 atores de origens bastante distintas. "Juntamos pessoas que já passaram por escolas de preparação de atores com outras que nunca tinham feito nada em teatro", completa o diretor. Marco Antonio Rodrigues define o texto como "uma alegoria sobre a relação entre a arte e a sociedade, sempre com humor e ironia". Teorizando menos, o próprio Plínio Marcos classifica sua peça, escrita em 96, simplesmente como "um policial moderno". O cenário de "O Assassinato do Anão do Caralho Grande" é o próprio picadeiro do circo em que se desenvolve a ação. A trilha sonora da peça é feita ao vivo, no palco, com os próprios atores tocando instrumentos de corda, sopro e percussão. Durante o espetáculo há também alguns números acrobáticos típicos de arena mas, segundo o diretor, "eles não são gratuitos, estão ligados ao contexto da peça". Homenagem Antes do espetáculo de hoje, às 20h, Plínio Marcos estará sendo homenageado pela Secretária de Estado da Cultura. O secretário Marcos Mendonça estará presente no teatro Fernando Azevedo para participar da cerimônia. Peça: O Assassinato do Anão do Caralho Grande, de Plínio Marcos Quando: quintas, sextas e sábados, às 21h; domingos, às 20h; de hoje até 30/11 Onde: teatro Fernando Azevedo (pça. da República, 53, região central, tel. 011/255-7586) Quanto: R$ 10 Texto Anterior: Coluna Joyce Pascowitch Próximo Texto: O LEÃO E O PREFEITO Índice |
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