São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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Mercosul inclui direitos humanos em novos acordos

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde sua criação, o Mercosul vai incluir em sua agenda de acordos uma pauta sobre direitos humanos. Um grupo de parlamentares dos quatro países do bloco aprovou documento com 17 pontos sobre essa questão.
A reunião foi realizada em Porto Alegre (RS) na última semana. O representante brasileiro foi o deputado estadual gaúcho Marcos Rolim (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa local.
O documento sobre direitos humanos no Mercosul é abrangente. Um de seus pontos é a investigação e o esclarecimento definitivo dos crimes cometidos durante os regimes militares nos quatro países integrantes do bloco econômico.
O texto defende a defesa dos direitos das crianças, dos adolescentes e das mulheres. Pede combate ao trabalho infantil, leis para punir o assédio sexual e a favor da descriminação do aborto. Outro alvo é a luta contra o racismo na região.
O documento pede o cumprimento de direitos dos povos indígenas e a demarcação de suas terras. Também se manifesta contra os maus-tratos aos presos comuns, principalmente os casos de torturas e abusos sexuais.
O texto defende liberdade de imprensa, opinião e expressão. Sugere ainda a criação de legislação específica de proteção ao direito de livre exercício da sexualidade, combatendo a violência contra os homossexuais e os chamados "profissionais do sexo".
Outro ponto do documento é a defesa dos direitos de idosos e soropositivos do HIV. O texto também defende direitos iguais para trabalhadores do Mercosul e punição para o trabalho escravo.

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