São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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Vera Fischer fala sobre novo filme

Atriz lança "Navalha na Carne"

ANNA LEE
DA SUCURSAL DO RIO

"Passei um tempo colocando meus demônios para fora. Agora só quero cuidar de mim. Não vou dar colher de chá para mais ninguém." Essa é a Vera Fischer que completa 47 anos no próximo dia 27, está terminando o tratamento para dependência química e só quer saber de trabalho.
Pela primeira vez -depois que se internou na clínica Solar do Rio, em 16 de setembro-, Vera Fischer reuniu a imprensa para entrevista, na última quinta-feira.
O assunto foi o filme "Navalha na Carne", no qual vive a prostituta Neusa Suely, com lançamento previsto para sexta, 21. Condição: não falar de sua vida pessoal.
Na tarde quente carioca, Vera apareceu na sala da suíte 2.412 do hotel Rio Othon Palace (zona sul) muito bronzeada, com um vestido curtíssimo azul-marinho e sandálias de salto alto. Pediu água mineral com gás, sem gelo, e começou a falar de sua personagem.
"É a primeira vez que faço uma prostituta. Mas a importância do personagem não está aí. Gosto da Neusa Suely porque ela é uma mulher comum. Todas as mulheres vão se reconhecer no filme."
Neville D'Almeida, diretor do filme, concorda. "Toda mulher é, já foi ou será Neusa Suely."
"Navalha na Carne", baseado na peça homônima do dramaturgo Plínio Marcos, de 1966, conta a história de três personagens, a prostituta Neusa Suely, o gigolô Vado (Jorge Perugorría) e o homossexual (Carlos Loffler), que se reúnem num quarto sujo de hotel.
O cafetão chega ao quarto dela em busca de dinheiro. Ao descobrir que o dinheiro desapareceu, a acusa. Ela diz que Veludo, o homossexual morador do quarto ao lado, pode tê-lo roubado. A partir daí desenvolve-se a trama.

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