São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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Falta de vestígio dribla controle

OTÁVIO DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Convenção sobre Armas Químicas está servindo de modelo para as negociações em torno de uma nova convenção para as armas biológicas.
Embora já exista desde 1975 um tratado em vigor sobre armas biológicas, é necessário criar mecanismos de controle mais eficientes.
Por isso, um novo acordo está em fase de discussão nos organismos internacionais sediados em Genebra, na Suíça.
A Convenção sobre Armas Químicas já coíbe a produção de algumas armas feitas à base de toxinas, por vezes consideradas biológicas (por serem produzidas por bactérias ou outros organismos).
"A fronteira entre as armas químicas e as biológicas é um pouco confusa", explica José Maurício Bustani. "Mas há armas que são claramente biológicas, como, por exemplo, o antraz. Por isso, a nova convenção está em discussão."
O antraz é um bacilo que provoca o aparecimento de pústulas pelo corpo. É uma das armas biológicas mais conhecidas.
"Fala-se da utilização pelos EUA durante a Guerra do Vietnã ou, recentemente, durante a guerra na Iugoslávia. Mas não existem provas", afirma o embaixador.
Isso impede que se apure as responsabilidades por eventuais ataques, o que reforça ainda mais a necessidade de convenções eficientes, em termos de controles e de sanções.
(OD)

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