São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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Crescimento baixo é alerta

DA REPORTAGEM LOCAL

Taxas de crescimento populacional abaixo de 1,8% ao ano são um sinal amarelo para os demógrafos.
Nessa faixa, a população pode ficar abaixo do patamar de reposição. Isto é: diminuir ao longo do tempo.
Se, na média, as mulheres não têm dois filhos, a tendência é que a população diminua. Haverá mais mortes do que nascimentos.
Em casos de guerra ou grandes epidemias, por exemplo, a taxa de mortalidade pode aumentar tanto que a taxa de fecundidade padrão fica insuficiente.
A idade média da população também afeta a taxa de crescimento. Se o número de idosos aumenta e o de jovens diminui, tem-se mulheres em idade de casar.
O problema, então, é que mesmo a taxa de fecundidade de dois filhos por mulher em idade fértil torna-se insuficiente para a população alcançar seu patamar de reposição. Faltam mães.
Quanto mais jovem a população de um país, maior tende a ser sua taxa de fecundidade e de crescimento. É o caso da África.
Na ponta oposta está a Europa: populações com muitos idosos e baixas taxas de fecundidade por mulher.
No limite, o envelhecimento populacional gera colapso econômico: o número de pessoas ativas é insuficiente para sustentar aposentados e crianças.
O fluxo migratório vira uma válvula que equilibra a dinâmica das populações.

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