São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997
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Na real

CARLOS SARLI

Terminada a perna brasileira do Circuito Mundial de surfe, constatamos que os brasileiros não souberam aproveitar as etapas em casa para conquistar mais vagas no WCT 98.
Após um início de ano com boas classificações nos rankings da primeira e segunda divisões, os resultados foram minguando até a recente fase européia.
No Velho Mundo, a performance do "time" brasileiro voltou a animar. Nos seis campeonatos de WQS lá disputados, foram quatro vitórias. A expectativa era de que aqui iríamos arregaçar.
Não foi o que rolou. Mesmo com o benefício dos convites -wild cards-, à exceção de Victor Ribas e Renan Rocha, outros brasileiros com chances ficaram devendo. Vitinho, no Ceará, obteve seu primeiro título nacional e ficou muito perto do título mundial da segunda divisão, enquanto Renan já é o primeiro brasileiro a reconquistar uma vaga no WCT.
Faltando dois eventos do WQS e um do WCT, tudo indica que ficaremos com o mesmo número de atletas entre a elite mundial em 98.
Se não chega a ser decepcionante, o desempenho ficou longe do esperado. Desde que os bandeirantes Fabio Gouveia e Teco Padaratz estrearam há dez anos no Tour, o objetivo sempre foi o de nos igualarmos aos australianos e norte-americanos, que até então imperavam absolutos.
Apesar de nunca termos de fato disputado o título, crescemos em volume até 94, quando tivemos nove competidores. De lá para cá, estancamos na média de oito atletas entre os melhores do mundo.
Ainda temos uma pequena chance de melhorarmos esse número, mas a decisão de Fabio Gouveia de não ir ao Havaí é significativa. Logo ele, o mais próximo da vaga, o mais experiente entre os surfistas brasileiros no Mundial e o único a ter vencido no Havaí.
Quem sabe no ano que vem.

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