São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997
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Associação defende cônsul

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O vice-presidente da Associação dos Amigos do Museu Nacional de Belas Artes, João Maurício de Araújo Pinho, defendeu o uso do dinheiro da bilheteria pelo vice-cônsul da França no Rio, Romaric Buel.
Responsável pelo fechamento do balanço do Projeto Monet, Pinho sustenta que o francês não agiu errado ao recorrer à quantia depositada na conta da associação.
"Tudo foi gasto dentro da exposição e na remodelação do museu. Ele tinha que ter participação ativa nos gastos", afirmou Pinho.
Pinho confirmou que todos os gastos feitos por Buel tiveram a aprovação prévia da associação.
"O consulado assumiu a execução da exposição. Fez levantamento das partes técnica, orçamentária, captação de investimentos e controle desses gastos. No decorrer do tempo, custos foram acrescidos ao projeto inicial", disse ele.
O Projeto Monet captou um total de R$ 2.539.000 em recursos, dos quais R$ 1.839.000 originários dos quatro patrocinadores (IBM, Petrobrás, Sul América e Telebrás).
O restante do dinheiro obtido foi para obras ditas emergenciais, como a instalação de um equipamento de climatização e refrigeração, avaliado em R$ 900 mil. O Ministério da Cultura cedeu R$ 400 mil. A Embratel, R$ 300 mil.
Faltavam R$ 200 mil, que foram pagos com a bilheteria. Esse gasto teve a aprovação da diretora do museu, Heloísa Lustosa, que também aprovou gastos de R$ 80 mil com o reforço da segurança e a reforma de instalações elétricas.
Preparado pela associação, o balanço definitivo das contas do Projeto Monet só foi concluído em 31 de outubro, cinco meses após o fim da exposição.
(ST)

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