São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997
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França pode ajudar imigrante a voltar e abrir negócio no seu país

MARIANE COMPARATO
DE PARIS

Os imigrantes que não conseguirem regularizar seus documentos para permanência na França poderão receber, além de uma ajuda de custo, incentivos para o desenvolvimento de um negócio em seu país de origem.
O novo projeto de lei, proposto pelo ministro do Interior, Jean-Pierre Chevènement, deverá ser votado já na próxima quarta-feira, dia 26, pela Assembléia Nacional.
Até hoje, 5.500 imigrantes aceitaram voltar para seus países pelo benefício desta lei -um número pequeno se comparado aos 30 mil clandestinos que entram por ano, em média, na França.
Pelo projeto, a ajuda passará a ser de US$ 820. Além disso, poderão ser concedidos incentivos para o estabelecimento de um negócio no país de origem e até mesmo uma estada prolongada na França para formação profissional.
"Se os países ricos desejam ter menos estrangeiros, o mínimo que têm a fazer é garantir meios de subsistência normal aos que voltam ao país natal", disse o ex-ministro do Interior, Charles Pasqua.
Um dos objetivos da medida é reduzir a participação dos imigrantes no mercado de trabalho. A França tem um dos maiores índices de desemprego da Europa.
O primeiro-ministro francês, Lionel Jospin, ordenou ao conselheiro do ministro do Interior, Sami Nair, que redefina a tempo as políticas de incentivos sociais e comerciais nos países de emigração.
Nair acredita que o projeto alia interesses comuns: "É uma política de co-desenvolvimento ambiciosa, pois visa estabelecer novas relações com os países de origem".

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