São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
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País terá 26 mil órfãos em 2000
AURELIANO BIANCARELLI
Entre essas crianças, estima-se que quase 15 mil tenham o vírus da Aids. No ano 2000, serão 26 mil crianças órfãs da Aids no país. As estimativas -já anunciadas em seminários internacionais- foram apresentadas ontem no congresso de Brasília. Os dados foram divulgados pelo pesquisador Miguel Fontes, presidente da ONG Instituto Promundo. Para chegar a esses números, os técnicos utilizaram uma fórmula que parte do total de mães infectadas, acrescenta uma subnotificação de 30%, multiplica pela taxa de fertilidade e desconta as crianças já mortas pela Aids ou outras causas. Fontes também constatou um salto no número de bebês infectados com menos de 1 ano: de 1994 e 1997, o crescimento foi de 205%. Na média e nesse período, a taxa de aumento foi de 125%. Os números coincidem com o aumento de 202% da Aids entre mulheres de 15 a 49, justamente a idade fértil da mulher. Entre homens da mesma idade, o crescimento foi de 111%. O salto nas infecções entre bebês vêm a público quando crescem as chances de os filhos de mães com HIV nascerem sem o vírus. O uso do AZT na gestação, aplicações durante o parto e o uso pelo bebê durante as primeiras semanas podem reduzir a 8% o risco de a criança nascer infectada. Texto Anterior: Saúde traça perfil do usuário Próximo Texto: Febem desativa unidade do Pacaembu Índice |
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