São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Santander está otimista com o futuro da economia brasileira

ISABEL CLEMENTE
DA SUCURSAL DO RIO

Os analistas do banco espanhol Santander dizem que a América Latina não perdeu seu brilho e estão otimistas quanto ao futuro da economia brasileira.
A principal recomendação do banco para os investimentos na América Latina, no momento, é o México, mas Brasil e Venezuela também ganham destaque.
O economista-chefe do Santander Securities no Brasil, Dany Rappaport, disse que a carteira ideal de investimentos para mercados emergentes deve estar concentrada nas estatais brasileiras que serão privatizadas.
O destaque vai para telecomunicações, que ficaria com 50% dos ativos, seguida pelas empresas do setor elétrico (35%) e outras, como Petrobrás e Comgás.
As empresas privadas não estão em sua melhor fase, situação que deve se estender até maio do próximo ano, disse Juan Carlos García, economista-chefe para a área de mercados emergentes do Santander Investiment.
"A valorização desses mercados é uma realidade, a região ainda receberá um forte fluxo de capitais por ser muito atrativa", disse José António Diaz, presidente do Santander Securities.
Para García, a crise nos mercados asiáticos forçará a mudança no fluxo de investimentos para a América Latina.
Segundo Sérgio Goldman, chefe da área de pesquisa de investimentos no Brasil, o pacote fiscal do governo vai cobrir as despesas com os juros. Pela análise do Santander, as contas do governo vão melhorar. O banco estima que o superávit primário do país deve subir de 0,8% para 2% ou 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 98.
O Santander está promovendo um seminário internacional para mais de 160 investidores internacionais com os quais mantém negócios. A maioria dos presentes é da Europa e dos EUA.
(IC)

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