São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Moody's mantém classificação do Brasil após crise financeira

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

Os investidores estrangeiros estão olhando o Brasil com mais cautela após a crise financeira global, e uma das maiores provas disso é que o custo de empréstimos para o país no exterior aumentou.
A avaliação é dos principais executivos da Moody's Investors Service, que estão no Brasil para inaugurar o escritório da empresa para a América Latina.
É a primeira vez que William Dwyer, presidente da Moody's, uma das maiores agências de classificação de risco do mundo, vem ao Brasil.
Apesar de colher a impressão mais pessimista dos investidores estrangeiros, a Moody's está mantendo a classificação do risco soberano (do país e não de empresas) do Brasil em "B1".
A última vez em que a agência alterou a classificação brasileira foi em novembro de 94, elevando-a de "B3" para "B1".
"Não vamos alterar o 'rating' do Brasil porque nossa classificação já levava em conta o risco de acontecerem crises como essa", afirmou Raymond McDaniel, diretor da Moody's.
Para ele, os governos da América Latina, em geral, mostraram agilidade para adotar medidas de combate aos efeitos da crise, saindo-se melhor que os países asiáticos.
Os analistas do banco espanhol Santander dizem que a América Latina não perdeu seu brilho e estão otimistas quanto ao futuro da economia brasileira.
A principal recomendação do banco para os investimentos na América Latina, no momento, é o México, mas Brasil e Venezuela também ganham destaque.
O economista-chefe do Santander Securities no Brasil, Dany Rappaport, disse que a carteira ideal de investimentos para mercados emergentes deve estar concentrada nas estatais brasileiras que serão privatizadas.

Texto Anterior: Ex-professor de Malan diz que o real não deve ser desvalorizado
Próximo Texto: Mercados de juro e dólar projetam queda
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.