São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
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Tande e Giovane estréiam com medo de calor e vento
LUÍS CURRO
Ex-astros da seleção brasileira masculina de vôlei, campeões olímpicos em Barcelona-92, iniciam amanhã o primeiro desafio para o objetivo final, que é conseguir a medalha de ouro na Olimpíada de Sydney-2000. A dupla joga no Torneio Four, competição eliminatória na praia do Futuro, em Fortaleza (CE). Será a estréia de ambos em um torneio oficial, reconhecido pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), mas ainda não estarão sozinhos na arena. O Torneio Four é disputado em quartetos. Dessa forma, Tande e Giovane terão a companhia de Guilherme e Duda, atletas experientes na praia. Os adversários, em uma partida eliminatória, serão Pará, Emanuel, Franco e Roberto Lopes, todos também com larga experiência no vôlei na areia. Emanuel, ao lado de Zé Marco, e Franco e Roberto Lopes representaram o Brasil, sem êxito, na Olimpíada de Atlanta-96. Os vencedores enfrentam amanhã, na final do torneio, o quarteto norte-americano formado por Bob Cvtrllik, Doug Martie, Scott Fortune e Eric Sato. Os campeões dividem prêmio de US$ 20 mil. Apesar de decidir pela troca em maio, Tande e Giovane só começaram a treinar na praia, no Rio de Janeiro, em julho, quando jogaram a primeira partida juntos. Venceram com dificuldade, por 2 sets a 1 (12/6, 5/12 e 19/17) os ex-jogadores Renan e Montanaro. Desde então, passaram a treinar nas praias de Ipanema ou da Tijuca, no Rio, seis horas diárias. Uma das dificuldades foi a adaptação ao novo piso. Segundo Giovane, já superada. Agora, os dois apontam como obstáculos, além dos adversários, as condições climáticas, como o forte calor e o vento. "Na parte física, o desgaste na praia é muito maior do que na quadra", afirma Tande. "Há menos jogadores, sol o tempo inteiro e em um torneio, se a dupla perde um jogo, tem que disputar outros no mesmo dia, na repescagem." Para Giovane, no entanto, o fator cansaço não deve pesar tanto. "Estamos muito bem fisicamente." Seu maior temor é o vento. "O vento atrapalha, pois tira a bola do lugar certo", diz ele. Tande concorda: "Atrapalha principalmente no levantamento. Com vento forte, tem que tocar diferente na bola, levantá-la mais baixo, ou ela muda de direção". Até ontem, o clima em Fortaleza estava ameno: o sol só apareceu à tarde, e o vento estava fraco. A dupla afirma que espera compensar as possíveis adversidades com elevado nível técnico. "Vamos apostar nos nossos fundamentos. Temos chance de ganhar", afirma Giovane. "Tenho quase 15 anos de vôlei, coloco a bola onde quero", conclui Tande. Texto Anterior: Kuerten faz comercial da Pepsi-Cola para TV Próximo Texto: 'Falta catimba, malandragem' Índice |
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