São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
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Jarmush é só para fanáticos
LÚCIA NAGIB
A questão de gênero não seria em si um empecilho, mas a qualidade dessa obra certamente puxa para baixo a média dos filmes em exibição na mostra. Na tela, uma cadeira na qual se revezam Neil Young, os componentes de sua banda e, de quando em quando, seu próprio pai. Esse diminuto elenco parece estar ali para ser entrevistado pelo diretor, mas, logo se descobre, entrevista não é o termo. Os músicos mal reagem às perguntas. Começam suas frases com monossílabos e as terminam com reticências, num estilo que, espera-se, deve ser completado por música. Mas aí vem o pior. Jarmush fixou sua câmera sobre os improvisos intermináveis e minimalistas de Young e companhia. Então, ou o espectador embarca na viagem, ou sai do cinema frustrado por não ter obtido nenhuma informação sobre a história desses músicos. (LN) Texto Anterior: Para Barreto, 'é pecado vencer no Brasil' Próximo Texto: Almodóvar volta com filme 'incômodo' Índice |
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