São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Comissão abre cofre que teria bens roubados de judeus

DA REPORTAGEM LOCAL

A comissão que apura a existência de patrimônio nazista no Brasil terá acesso, nesta quarta, às 12h, ao cofre do alemão Albert Blume, onde pode haver bens eventualmente usurpados de judeus.
Blume, morto em 1983 sem deixar herdeiros diretos, chegou ao Brasil em 1938. Segundo denúncias da comunidade judaica, ele foi um militante nazista que reuniu uma fortuna roubada de judeus.
Hoje há apenas um parente vivo com direito à herança -sua tia Margarida Blume, que nega que o sobrinho tivesse qualquer ligação com o nazismo.
O material mantido no cofre da agência do Banco do Brasil da rua Líbero Badaró, em São Paulo, tem sido avaliado em US$ 4 milhões.
Mas o rabino Henry Sobel, membro da comissão, diz que essa quantia corresponde ao valor da época. Segundo ele, o ouro e os objetos preciosos do cofre valem hoje cerca de US$ 50 milhões.
Segundo Sobel, a abertura contará com a presença dos sete membros da comissão federal, além de Penteado, do advogado da herdeira e de representantes da Polícia Federal e da Caixa Econômica.

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