São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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Doença atinge 10% da população

LUIS HENRIQUE AMARAL
DO ENVIADO ESPECIAL

O governo brasileiro não tem dados precisos sobre a incidência do alcoolismo no país. A última pesquisa, realizada em 91, indicou que 10% da população das cidades de São Paulo, Brasília e Porto Alegre seriam portadores da doença. O índice é aceito como indicador para toda a população.
A cirrose alcoólica do fígado, causada pelo abuso de bebida, está em sétimo lugar entre as doenças que mais incapacitam brasileiros com mais de 15 anos para o trabalho, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.
Já o alcoolismo, segundo a pesquisa, é o quarto fator que mais incapacita para o trabalho, ficando atrás, apenas, da depressão, da anemia e de ferimentos causados por quedas.
Segundo dados do Serviço de Atenção ao Alcoolismo e Abuso de Drogas, órgão do Ministério da Saúde, 90.487 pessoas foram internadas na rede do SUS (Serviço Único de Saúde) com psicose alcoólica ou síndrome de dependência, em 96. O gasto com essas internações foi de R$ 51 milhões.
Em 93, o número de internações, pelo mesmo diagnóstico, foi de 107.466 pacientes.
Para a coordenadora do órgão, Rosane Correia e Silva, a queda pode ser explicada porque, desde 91, está sendo ampliado o atendimento de alcoólatras em ambulatórios ou hospitais-dia, diminuindo a necessidade de internação. Nesse tipo de atendimento, o doente passa o dia em tratamento e volta para dormir em casa.
(LHA)

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