São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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Crise em AL derruba delegado do caso PC

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Uma crise na Secretaria da Segurança Pública de Alagoas provocou o afastamento do delegado Jobson Cabral das novas investigações sobre a morte do empresário Paulo César Farias e da namorada Suzana Marcolino, há 18 meses.
Cabral decidiu pedir licença de três meses depois que o secretário da Segurança, José Siqueira, transferiu-o para uma delegacia de Maceió (AL), considerada, por ele, como de segunda classe. Um novo delegado será nomeado na próxima semana.
Cabral iniciou as investigações do caso PC após o Ministério Público chegar à conclusão de que a versão do primeiro inquérito (Suzana Marcolino matou PC e depois se suicidou por motivos passionais) não estava fundamentada.
O caso já teve quatro delegados. "Fui o único a aceitar o caso há 40 dias e fui rebaixado para uma delegacia ruim, que tem mais de 70 inquéritos parados há anos", afirmou Cabral, que se filiou ao PSB, partido do pré-candidato ao governo Ronaldo Lessa, opositor do governador Manoel Gomes de Barros (PTB), que quer se reeleger.
"Alguns delegados, como o doutor Cabral, estão com 'ciuminhos e nervozinhos'. Vou manter o rodízio nas delegacias porque nenhum delegado é 'doninho' de delegacia", afirmou o secretário.

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