São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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"um dia ela deu um tapa no bebê e outro em mim"

"A Maitê tinha três anos quando o Mateus nasceu. Enquanto eu estava grávida, ela mudou um pouco seu comportamento. Ficou chorona, queria meu colo direto. Quando o Mateus nasceu, a primeira reação dela foi me rejeitar. Ela só queria ficar com a avó.
Uma vez, eu estava dando comida para os dois, e a Maitê, do nada, levantou da cadeira e deu um tapa na cara do bebê. Eu perguntei a ela porque ela tinha feito aquilo. Daí ela veio e me deu um tapa também.
Quando o Mateus começou a fazer aquelas gracinhas, rir, ficar de pé no berço, foi pior. A gente ficava brincando com ele e, quando ia ver, a Maitê estava num cantinho, isolada, olhando para a gente. E, por qualquer coisinha, ela ficava cinco horas chorando.
Procurei estimular a Maitê a cuidar do irmão, passar pomadinha, ajudar a dar banho, e acho que consegui despertar um lado maternal nela. Hoje a situação já está melhor, ela adora o irmão.
Mas é muito desgastante para a mãe, que tem de cuidar do bebê e ainda dar toda a atenção para o filho mais velho."
(Luciane Lesjak, 35, agente de turismo)

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