São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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"Produção fala palavrão e xinga"

DA ENVIADA ESPECIAL

Alguns comerciantes de Tiradentes não aceitaram a presença da Globo na cidade.
A "poderosa", como a emissora é chamada por seus próprios produtores, fechou ruas de comércio durante os finais de semana, barrando, assim, a circulação de turistas e eventuais compras.
"Chegam tomando conta, pedem para fechar só por cinco minutos e passam a tarde toda gravando. Eu perco o dia inteiro. São 30 pessoas que trabalham e dependem da loja", afirma Celso Mata de Campos, dono da Agulha Mágica, na rua Direita, no centro.
Campos conta que a emissora até fez um contrato com ele, oferecendo R$ 200 por dia para a loja ficar fechada.
"Mas não recebi nada. Quando vou cobrar da produção, um fica empurrando para o outro e ninguém toma providências."
Para Lyria Palombini, dona do ateliê de artes que leva seu nome, "isso é muita prepotência e mau-caratismo. Eles acham que dinheiro compra tudo."
Sérvulo Matias, dono da loja de móveis Arraial Velho, acha que as gravações até melhoram o fluxo de turistas na baixa temporada, mas concorda que há desrespeito por parte da Globo. "Não ajudam da maneira que precisava. Não há respeito. A produção chega, fala palavrão e xinga."

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