São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997 |
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Ex-camélia ganha papel de muda
ANNA LEE
Escalada inicialmente para um papel secundário, Mônica foi chamada pelo autor da novela, Antônio Calmon, e pelo diretor, Paulo Ubiratan, para um teste de última hora para fazer Clara, uma jovem que ficou muda em consequência de traumas vividos na infância. "É a primeira vez que faço um personagem que tem história, cenário e música próprios", conta O personagem já está lhe custando críticas de entidades de apoio a surdos-mudos. Calmon disse que tem recebido "muitas cartas sugerindo que o personagem seja dado a alguém privado da fala". "Não posso fazer isso porque a Clara vai falar no meio da novela", explica. "Até acho que essas pessoas merecem espaço. Mas não estou tirando o lugar de ninguém. Isso é uma injustiça comigo. Já fiz muitas participações em que dizia só oi e tchau. Agora é a minha vez", diz Mônica. A atriz conta que "desde criança sonhava com a fama". "Quando tinha 10 anos e morava em Nova Iguaçu (RJ), via a Regina Duarte na televisão e desejava ser como ela." Aos 13 anos, Mônica fez o primeiro comercial, e, aos 16, foi eleita "musa verão". Em 93, entrou para o curso de teatro da Faculdade da Cidade e aceitou posar para a revista "Playboy". "As portas se abriram para mim quando fui selecionada para fazer a abertura da novela 'Mulheres de Areia"', lembra. A partir daí, Mônica destaca a empregada Neusa da novela "História de Amor" e a camélia Maribel, em "A Indomada". "Essas personagens quase não tinham importância, mas cresceram em função do meu esforço." Para viver Clara, Mônica também está se empenhando. Ela afirma que tem visto filmes que falam sobre surdos-mudos e está tendo aulas de sinais com Tany Mary, a mesma professora da apresentadora Xuxa. Texto Anterior: Fox reprisa série 'Arquivo X' Próximo Texto: 'Documento Especial' volta dia 1º Índice |
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