São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
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Show evidencia convergência high-tech

DO ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS

A batalha dos computadores portáteis e superportáteis foi o destaque da superfeira de informática de Las Vegas, mas o que deu o tom no centro de convenções foi o casamento das mais novas tecnologias para atrair o consumidor doméstico para o mundo high-tech.
DVD, LCD, ISDN, DVD+RW, flat panel, zip drive, megastorage e mais um monte de siglas e palavreado técnico podem ser resumidos, em língua normal, em telas enormes com alta qualidade de imagem, PCs que viram TVs e vice-versa, muito som e muita capacidade para arquivar no seu computador tudo o que você pensar.
O micro pode até virar uma estação de gravação do que você quiser: vídeo, fotos (com as câmeras digitais que estão arrasando) e -supernovidade- CDs de áudio a um custo não-estratosférico.
Confirmando essa tendência, alguns dos mais impressionantes, mais iluminados e mais visitados estandes foram exatamente os de empresas conhecidas principalmente por sua atuação na área de eletrônica de consumo.
TV vira PC
É a tal da convergência das tecnologias: PCs que passam a captar sinais de TV, televisores que executam funções informatas.
Philips e Panasonic, por exemplo, mostraram que o mundo digital está presente em cada uma de suas áreas de atuação, de câmeras fotográficas a computadores portáteis e -claro, claro- aparelhos de televisão.
Sharp e Sony -que estreou em computadores há cerca de um ano e meio- também disseram presente no terreno da multiplicidade informática.
Dificilmente você vai ver empresas como essas liderando um segmento específico no mercado de computadores, mas o recado que elas mandam é sólido: o computador -a tecnologia digital- é o centro de seus desenvolvimentos.
As tradicionais empresas de informática, claro, já sabiam disso e, por seu lado, invadem a área de eletrônica de consumo.
Hitachi, Mitsubishi e Toshiba deixaram claro que estão em todas, assim como a IBM: vão da microeletrônica à sala de estar.
Falando em microeletrônica, Intel, Cyrix e AMD marcaram suas posições.
A Intel ficou na dela, mostrando a performance de seus já não tão novos processadores e a dança do BunnyPeople (os personagens futuristas dos anúncios de chips), sem tocar nos problemas que hoje turvam a vida dos Pentium (leia nota na pág. 5-11).
A AMD preferiu uma apresentação mais low profile, fora do pavilhão principal.
Já a Cyrix apresentou armas, montando um divertido showzinho em que os processadores disputavam uma partida de futebol americano, com direito a gritinhos das chefes de torcida. Claro que o chip da empresa levava a taça.
Dança esportiva
Chefes de torcida profissionais atraíram visitantes masculinos para o estande da Umax, conhecida como fabricante de clones dos Macintosh.
Mas, no terreno do marketing, quem levou a taça foi a Iomega, fabricante do Zip Drive, enorme sucesso de vendas. Distribuiu milhares de diabólicos aparelhinhos -movidos a dedão- que fazem clique-clique em alto e bom som.
Não tinha um comdéxico sem o maldito barulhinho, fazendo um tumulto de danar. Porque é superdivertido, quando você está brincando. E terrível, quando só está ouvindo.

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